Resumo
O estudo descreve uma prática pedagógica realizada na cozinha experimental da Escola CEAADA com um estudante com surdocegueira, fundamentada nas teorias de Vygotsky (Zona de Desenvolvimento Proximal) e Bruner (andaimes). A proposta visou desenvolver autonomia, comunicação e habilidades funcionais por meio da preparação de receitas, com mediação do instrutor especializado. A sequência didática, adaptada às necessidades sensoriais do estudante, utilizou objetos de referência, recursos táteis e estratégias graduais de apoio. Ao longo dos encontros, observou-se avanço significativo na iniciativa, autoconfiança e participação ativa do aluno, evidenciando o potencial da cozinha experimental como ambiente inclusivo de aprendizagem. Mesmo com limitações estruturais, a mediação qualificada e o planejamento individualizado mostraram-se essenciais para promover o desenvolvimento integral e a participação social de pessoas com surdocegueira.